terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ECOSSISTEMA AQUATICO

Ecossistema aquático

O ecossitema aquático é um ambiente mais complexo do que se imagina,.. resumindo.. a base da cadeia alimentar são as algas microscópicas (fitoplancton) que realizam a fotossintese para produzir o próprio alimento e acabam tb liberando o oxigênio que se desprende para a atmosfera ou fica dissolvido na água para a respiração dos peixes e outros animais.
Entao o fitoplancton (microalgas) e o zooplancton (micro animais) servem de alimento para os peixes, que servem de alimento para outros peixes, cobras, mamiferos aquaticos e até aves.
As plantas e os animais aquaticos quando morrem vão para o fundo e são decompostos pela ação de fungos e bacterias que reciclam a materia devolvendo os nutrientes para o ecosistema
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A comunidade planctônica

O fitoplâncton é definido como o plâncton de natureza vegetal, ou seja, o plâncton capaz de sintetizar sua própria substância pelo processo de fotossíntese, a partir da água, do gás carbônico e da energia luminosa. É constituído por algas microscópicas, células isoladas ou células reunidas em colônias, medindo de algumas micra a centenas de micra.
No meio estuarino, a temperatura e a salinidade, são os fatores que mais influenciam o crescimento tanto do zooplâncton como do fitoplâncton. Por outro lado, podemos considerar que com relação a temperatura, o crescimento do fitoplâncton se realiza com a mesma eficácia tanto para as espécies de altas latitudes e águas frias, como para os trópicos, onde a temperatura das águas se caracterizam por serem altas.

O fitoplâncton

Em análises realizadas na região costeira (Petrobrás, 1997), foram observadas grandes diversidade, onde predominaram diatomáceas, cianofíceas, dinoflagelados e crisofíceas. Com relação aos grupos, a composição do fitoplâncton está representada pelos seguintes grupos: Diatomáceas; Cianofíceas; Dinoflagelados e Clorofíceas:

O zooplâncton

O zooplâncton se caracteriza por apresentar uma grande biomassa e uma pequena diversidade de organismos, onde o grupo dos Copepodas é o mais significativo, chegando a alcançar 80% ou mais do número total de indivíduos (ECOPLAN, 1990).
É interessante notar a freqüência de ocorrência e abundância de Appendicularia, possivelmente do gênero Oikopleura. Os Chaetognatha, representados por algumas espécies de Sagitta, também são bastantes freqüentes. Sendo organismos carnívoros, sua ocorrência e abundância em um local está mais ligada à qualidade e quantidade de presas do que às condições hidrológicas.
Outros organismos também podem ser observados no zooplâncton (larvas de Gastropoda, larvas de Polychaeta, larvas de Brachyura, ovos e larvas de peixes e de crustáceos), apresentando valores significativos. A presença significativa de ovos e larvas de peixes e crustáceos no zooplâncton, confirma a importância das áreas estuarinas como área de desenvolvimento larval de espécies, tanto estuarinas como marinhas.

A fauna carcinológica

Considerando-se principalmente às espécies de valor comercial, os caranguejos-uça (Ucides cordatum), Guiamum (Cardisoma guanhumi), Sirí-azul (Callinectes sp.) e os camarões (Penaeus sp.) destacam-se como os mais intensamente exploradas pelas populações ribeirinhas. Estes últimos que representam o recursos mais importante economicamente, são capturados nos estuários ainda na fase juvenil. Os indivíduos adultos são explorados na região costeira por uma frota que utiliza redes-de-arrasto.
É importante ressaltar que os camarões são habitantes temporários do estuário, onde passam parte de seu ciclo de vida (fases pós-larval à juvenil). Deste modo o papel do estuário no ciclo de vida de camarões é extremamente importante, sendo sua conservação uma condição indispensável para a manutenção dos estoques costeiros, explorados comercialmente por uma frota artesanal direcionada a este recurso.

A fauna malacológica

Nos complexos estuarinos e região costeira, podem ser identificadas três espécies de moluscos de interesse econômico: Sururu (Mytela falcata), Sarnambi ou Unha-de-velho (Anomalocardia brasiliana) e a ostra-de-mangue (Crassostrea rhizophora), sendo esta última a espécie mais importante, tanto no aspecto comercial como no volume de coleta.
A extração de ostras (Crassostrea) é praticada principalmente em bancos-de-ostras existentes nas margens média e superior do estuário pelas populações ribeirinhas, que comercializam o produto nos mercados locais, sendo pois considerada mais como uma atividade complementar da renda familiar.

A fauna ictiológica

Podem ser identificados e catalogados 32 espécies de peixes, sendo 13 (treze) as espécies mais exploradas comercialmente, representadas principalmente pelas tainhas, carapebas, serras, camurins, meros, bagres, pescadas (Tabela 4), sendo as tainhas (Mugil curema e M. brasiliensis) as que apresentaram maior abundância.
Embora não existam estatísticas de desembarques oficiais para as capturas realizadas nas área estuarinas, observa-se que as espécies que mais se destacam nas capturas são por ordem crescente de importância : a tainha, a carapeba a pescada com 12%, o peixe-serra com 10% e outras espécies de pequenas dimensões, com 5%.

A fauna costeira

Muito embora possa-se ainda encontrar vestígios da fauna silvestre original, as áreas estuarinas do Rio Grande do Norte, não mais ostentam a diversidade e abundância do passado. Algumas espécies de mamíferos e principalmente aves desapareceram completamente, enquanto outras estão ameaçadas.
Já na região costeira, em conseqüência sobretudo dos constantes desmatamentos para construção de empreendimentos urbanos e à caça ilegal, atualmente os animais de médio e grande porte são bastante raros. Os mamíferos mais abundantes são os guaxinis, os gatos-do-mato, as jaguatiricas, as raposas e as preás (ECOPLAN, 1999).
Já na região costeira, onde predominam as paisagens abertas, sejam elas antrópicas ou naturais modificadas, propicia o aparecimento preponderante de espécies típicas desse tipo de ambiente. Desta forma, principalmente nas áreas estuarinas, de salinas e região de praias, pode-se observar a presença ainda bastante significativa de aves limícolas migratórias pertencentes a várias espécies de maçaricos, garças, gaivotas dentre outras.
Fonte: www.ambientebrasil.com.br
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