sexta-feira, 2 de março de 2012

Bacterioplânctons

Bacterioplânctons


Os bacterioplânctons  são organismos marinhos que servem de alimentos para os zooplânctons. As bactérias auxiliam na decomposição da matéria orgânica, já plânctons são organismos que vivem flutuando nas águas, portanto, bacterioplânctons são bactérias flutuantes. Durante três séculos predominou a visão clássica de que os microrganismos atuam no meio ambiente apenas como decompositores, sendo que nessa teia trófica o fluxo da matéria é unidirecional e a matéria só retorna ao compartimento biológico na forma inorgânica, após a passagem pela decomposição bacteriana.
A partir do século XX, diversas idéias que reavaliaram a função dos microrganismos na natureza começaram a surgir. No ano de 1974, Pomeroy foi o primeiro a reconhecer os microrganismos como os principais consumidores de energia nos oceanos. Já em 1980, Porter e Feig indicaram que as bactérias e algas cianofícias  poderiam ser os principais contribuintes para os processos heterotróficos (não possuem a capacidade de produzir seu próprio alimento) e autotróficos (possuam a capacidade de produzir seu próprio alimento), respectivamente, em sistemas planctônicos.
Em 1983, um pesquisador sintetizou essa nova visão em um modelo conhecido como Microbial Loop ou Alça Microbiana, que baseia-se no fato das bactérias, uma vez que transformam a matéria orgânica em biomassa bacteriana, podem ser predadas pelo nano e microplânctons e estes por microrganismos maiores. Esta é a etapa que transporta matéria de volta a teia trófica, sem que passe pelo estado inorgânico obrigatório para ser consumido pelo fitoplâncton e deste modo entrar na teia trófica clássica. Já em 1988, outros pesquisadores demonstraram a inserção do Microbial Loop no restante da teia trófica, com enfoque principal nas transferências de carbono entre compartimentos biológicos.
Com base nas afirmações desses pesquisadores, o principal impacto dos microrganismos aquáticos se dá sobre os ciclos de nutrientes e do carbono, sendo responsável pela maior parte da respiração aeróbica, toda a respiração anaeróbica e uma grande proporção de regeneração de nutrientes. Deste modo, o fluxo de energia dos ecossistemas aquáticos passa em grande extensão pela utilização de matéria orgânica dissolvida pelas bactérias heterotróficas.

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